Incentivo, vaias e silêncio dos jogadores: veja como foi a despedida do Botafogo diante da torcida antes das finais
O empate por 1 a 1 entre Botafogo e Vitória, no último sábado, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi um jogo de emoções intensas no estádio Nilton Santos. A partida representou a despedida do time diante de sua torcida antes de dois grandes desafios: a retomada da liderança contra o Palmeiras, nesta terça-feira, e a final da Conmebol Libertadores contra o Atlético-MG, no próximo sábado.
O clima, que tinha tudo para ser de apoio e tranquilidade, acabou sendo marcado por momentos de tensão, vaias, alívio com o empate e um silêncio desconcertante dos jogadores. Entenda como foi o desenrolar da noite:
Tensão aos 19 minutos: gol do Vitória e impacto da rodada
A partida começou com a torcida apoiando o Botafogo, que lutava para manter a liderança do Brasileirão. No entanto, a tensão tomou conta aos 19 minutos do primeiro tempo, quando o Vitória abriu o placar com Alerrandro.
Quase simultaneamente, o Palmeiras, principal concorrente ao título, também marcou contra o Atlético-GO, mudando a tabela de classificação e empurrando o Botafogo para o segundo lugar. A combinação dos resultados gerou um clima de apreensão nas arquibancadas, com torcedores visivelmente preocupados e lamentando as dificuldades do time.
Vaias a Tchê Tchê e Vitinho
Os primeiros minutos após o gol do Vitória foram marcados por erros de passe do Botafogo, o que aumentou a irritação da torcida. Dois jogadores, em particular, foram alvos de vaias: Tchê Tchê, que substituiu Marlon Freitas, e Vitinho, que já enfrentava desconfiança da torcida.
Cada toque na bola desses jogadores gerava reações negativas, e as vaias continuaram até o intervalo. Apesar disso, alguns aplausos tímidos surgiram, indicando que parte da torcida ainda acreditava em uma recuperação.
Segundo tempo: apoio da torcida e o grito de “vamos virar”
O intervalo trouxe uma mudança de postura nas arquibancadas. A torcida, tentando motivar o time, passou a cantar frases como “vamos ganhar, Fogo” e “vamos virar, Fogo”.
O incentivo foi percebido pelos jogadores em campo, que pediram mais participação da torcida em momentos-chave. Com maior intensidade ofensiva, o Botafogo criou boas chances e aumentou a pressão sobre o Vitória.
A relação com a arbitragem também virou alvo das arquibancadas, com críticas a decisões consideradas injustas, como o cartão amarelo dado a Artur Jorge por reclamação e a ausência de punições aos adversários por atrasos na reposição de bola.
O gol do alívio aos 41 minutos
O esforço coletivo foi recompensado aos 41 minutos do segundo tempo, quando o Botafogo marcou o gol de empate. O gol reacendeu a esperança de uma virada que poderia devolver o time à liderança do campeonato.
O estádio explodiu em euforia, e a torcida intensificou o apoio nos minutos finais. Apesar do esforço, a virada não veio, mas o resultado trouxe certo alívio, considerando as circunstâncias da partida e os resultados paralelos.
Reservas em pé e a busca pela vitória até o fim
Nos acréscimos, o desejo de conquistar a vitória ficou evidente. Os jogadores do banco de reservas, incluindo Marlon Freitas, Marçal, Alex Telles e Lucas Halter, permaneceram em pé, incentivando seus companheiros em campo.
O capitão Marlon Freitas, em especial, gesticulava para o time, pedindo pressão total nos momentos finais. Apesar do apoio e das chances criadas, o Botafogo não conseguiu o segundo gol.
Silêncio dos jogadores e clima pós-jogo
Ao final da partida, o comportamento dos jogadores chamou atenção. Ninguém deu entrevistas, nem mesmo no intervalo, um momento em que normalmente ao menos um atleta fala com a imprensa.
Após o apito final, o silêncio se manteve. Na zona mista, nenhum jogador quis falar, deixando apenas o técnico Artur Jorge para a coletiva de imprensa. O empresário John Textor também conversou com os jornalistas, mas o clima geral era de introspecção e foco nas decisões que estão por vir.
Preparação para as decisões
O empate no Nilton Santos encerrou a sequência de jogos em casa, e o Botafogo agora volta suas atenções para dois confrontos decisivos. Na terça-feira, enfrenta o Palmeiras fora de casa, em um duelo direto pela liderança do Brasileirão. No sábado, a tão esperada final da Libertadores contra o Atlético-MG será o ápice da temporada alvinegra.
A torcida deixou o estádio dividida entre a frustração pelo empate e a esperança renovada. A próxima semana será crucial para determinar o destino do Botafogo em 2023, tanto no cenário nacional quanto internacional.
Conclusão
O jogo contra o Vitória refletiu a complexidade da reta final de uma temporada intensa. A tensão pela liderança, os erros em campo e as críticas da torcida coexistiram com momentos de apoio e demonstrações de resiliência.
Com desafios decisivos à frente, o Botafogo precisará canalizar as lições aprendidas e a energia da torcida para alcançar seus objetivos. A história da temporada ainda está sendo escrita, e as próximas páginas prometem fortes emoções para o time e seus torcedores.
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